Bruxa Má do Oeste – A grande vilã de ‘O Mágico de Oz’

A Bruxa Má do Oeste é uma das vilãs mais emblemáticas do cinema clássico, eternizada no filme O Mágico de Oz, lançado em 25 de agosto de 1939.

Interpretada por Margaret Hamilton, ela surgiu originalmente no livro The Wonderful Wizard of Oz (1900), de L. Frank Baum. No longa-metragem, sua imagem ficou marcada pela pele verde, chapéu pontudo e uma risada sinistra que ecoa até hoje no imaginário popular. A personagem é movida por vingança após a morte de sua irmã, a Bruxa Má do Leste, e passa a perseguir Dorothy com obsessão, desejando recuperar os sapatos mágicos e dominar Oz com mão de ferro.

Crueldade com animais

Um dos momentos mais cruéis da Bruxa Má do Oeste é sua tentativa de sacrificar Totó, o fiel cãozinho de Dorothy, na tentativa de chantagear Doroty a entregar os sapatos de rubi – um poderoso artefato mágico que ela desejava para ampliar seu domínio sobre Oz. Em uma das cenas mais tensas do filme, a vilã ameaça afogar Totó caso Dorothy não ceda os sapatos. Quando a jovem tenta obedecer, os sapatos emitem faíscas mágicas e queimam as mãos da bruxa, impedindo-a de removê-los à força.

Esse ato não apenas evidencia sua completa ausência de empatia, mas também serve como um divisor de águas na narrativa. Ao ameaçar a vida de um animal inocente, a vilã ultrapassa um limite moral que a torna ainda mais repulsiva aos olhos do público. A tentativa de matar Totó desperta a coragem de Dorothy e reforça a união entre os personagens, que se mobilizam para enfrentá-la. No contexto da época, esse gesto cruel simbolizava a tirania sem limites e a desumanização do poder absoluto.

A figura da Bruxa Má do Oeste também refletia os medos sociais da década de 1930, especialmente em relação a mulheres que desafiavam normas de comportamento. Sua aparência grotesca e comportamento autoritário reforçavam estereótipos negativos, mas também serviam como alerta sobre os perigos da obsessão, da solidão e da falta de compaixão.

Sentimentos destrutivos

A personalidade da Bruxa Má do Oeste é dominada por sentimentos destrutivos: inveja, rancor, desejo de vingança e controle. Sua incapacidade de perdoar e sua obsessão por poder a impedem de enxergar qualquer possibilidade de redenção. A tentativa de sacrificar Totó é o ápice de sua crueldade, revelando uma figura que não mede consequências para atingir seus objetivos.

Entre seus traços negativos estão a intolerância, a manipulação, a frieza emocional e a ausência de empatia — não apenas com pessoas, mas também com animais. Esses comportamentos nos lembram da importância de cultivar valores como respeito, compaixão e equilíbrio emocional. Para evitar atitudes semelhantes no cotidiano, é essencial desenvolver a empatia, praticar o autocontrole e valorizar os vínculos afetivos, inclusive com os animais, que muitas vezes são fontes de amor incondicional.

A história da Bruxa Má do Oeste nos ensina que o poder sem propósito nobre leva à ruína, e que a maldade, mesmo quando disfarçada de força, é um sinal de fraqueza interior. Ao escolhermos o caminho da bondade, da escuta e da empatia, nos afastamos da sombra dessa vilania e construímos relações mais saudáveis e humanas.

Bruxa Má do Oeste - O Mágico de Oz [1939]

Bruxa Má do Oeste - O Mágico de Oz [1939]

Bruxa Má do Oeste - O Mágico de Oz [1939]

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W.Riga - Criador do Retro21, nostálgico, fazedor de arte, curioso, questionador e sempre inventando algo diferente. 🚀😁


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