Cruella de Vil é uma das vilãs mais icônicas do cinema, tendo sua primeira aparição no filme de animação 101 Dálmatas, produzido por Walt Disney, e lançado em 25 de janeiro de 1961. Inspirada no livro homônimo de Dodie Smith, publicado em 1956, Cruella se tornou um símbolo de extravagância, ambição desenfreada e um certo glamour perverso, características que, na época, refletiam um período de mudanças na moda e na sociedade. A personagem personifica a obsessão pelo luxo, mostrando como a busca excessiva por status e aparência pode levar a atitudes extremas.
No contexto dos anos 60, Cruella de Vil era uma representação exagerada das figuras excêntricas da alta sociedade e do mundo da moda. Sua personalidade impetuosa, suas roupas chamativas e sua busca implacável por um casaco de pele de dálmatas destacavam não apenas seu desprezo pela ética, mas também o fascínio da época por estilos exuberantes e poder individual. A era das grandes estilistas e da revolução cultural em Londres, com nomes como Mary Quant e a ascensão do movimento Mod, tornaram Cruella uma vilã perfeita para aquele período.
Cruella é cruel e obcecada por sua visão estética, mas sua determinação e ousadia são traços fortes, desde que direcionados de maneira ética. Sua atitude destemida e autoconfiança são elementos típicos de pessoas que perseguem seus objetivos sem medo. Além disso, sua excentricidade demonstra como a autenticidade pode ser uma força poderosa na sociedade, abusando da expressão individual e do desejo de se destacar.
Outro aspecto que podemos tirar como lição é sua visão criativa. Apesar de suas intenções maléficas, Cruella enxerga a moda como uma forma de arte, pensamento fora dos padrões e desejo de inovação. Se canalizarmos esse impulso para o lado positivo, aprendemos a buscar a originalidade sem prejudicar os outros ao longo do caminho.
Apesar de suas qualidades intrigantes, Cruella permanece uma figura de alerta sobre os perigos da obsessão e da ausência de empatia. Nos dias atuais, sua atitude extrema serve como um lembrete de que é possível ter ambição e estilo sem prejudicar os outros. A moda e a expressão pessoal podem ser ferramentas de influência, mas devem estar alinhadas com valores éticos e respeito à vida.
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---W. Riga é criador de conteúdo, artista visual, criptoinvestidor, neurodivergente, meio nerd e altamente nostálgico. 😁
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